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domingo, 20 de março de 2011

Como podemos selecionar um filme para utilizar em aula?
João Luís de Almeida Machado

O primeiro passo consiste em manter-se informado acerca dos lançamentos
que estão sendo disponibilizados nos cinemas e em vídeo (ou DVD), com o
auxílio prestimoso dos jornais e de revistas, através de sites sobre cinema e
cultura ou mesmo contando com o apoio de um dos mais eficientes modos
de informar-se que existe ainda nos dias de hoje: a divulgação de um produto
cultural boca a boca. A partir de comentários de amigos, vizinhos, parentes ou
colegas de trabalho, podemos nos manter atualizados.

Mas como posso ter certeza de que um filme pode ser útil
a uma aula? O mais importante dos pré-requisitos é que

o tema da aula seja bem conhecido por você. O professor
deve ter em mente cada passo da aula: os tópicos que serão
discutidos; os temas complementares que irão auxiliá-lo na
explicação; quais outros recursos (além dos filmes que pretende
utilizar) poderão complementar o trabalho; que estratégias
devem ser usadas para dinamizar o rendimento; com
que ações individuais (refiro-me à postura a ser adotada) o
professor deve contar para fazer com que os alunos se interessem
pelo assunto, além dos melhores textos que possam
ser oferecidos para discutir o assunto da aula.
Fico imaginando alguns de vocês dizendo: “Para usar filmes,
eu tenho que me preocupar em fazer tudo isso antes! Que
absurdo, é muito trabalhoso! Prefiro ficar com minhas ‘aulinhas’
do jeito que estão, elas funcionam relativamente bem,
às vezes os alunos reclamam, mas vai se tocando do jeito que
dá! No fim do mês, o salário chega ao banco do mesmo jeito”.

Não esperem respostas fáceis para as dificuldades do trabalho
em aula. Não deixem de pensar que os professores são
profissionais como todos os outros e que, em função disso,
devem se aperfeiçoar e organizar suas atividades. Não encarem
o planejamento como sendo apenas uma obrigação
burocrática, o preenchimento de papéis que a escola exige
para satisfazer os órgãos superiores que fiscalizam e ordenam
a educação no Brasil.

Não pensem que as cobranças que existem no mercado de
trabalho para diversas profissões também não chegaram às
escolas. Pelo contrário, modernizar-se, atualizar-se, estudar,
conectar-se à Internet e manter-se em dia com o que
ocorre no Brasil e no mundo são também pré-requisitos
para os professores. Tenho a oportunidade, regularmente,
de dar cursos de atualização para professores de escolas de
diversas partes da cidade de São Paulo, do interior paulista
e de outros estados brasileiros e constato que, a cada novo
encontro, há maior disposição e os grupos estão mais numerosos.

Não se acomodem diante da ideia de que “aulinhas” sejam
capazes de agradar seus alunos. Eles estão cada vez mais
informados e, graças a essa peculiaridade, cobram dos professores
melhores aulas. E convenhamos: passar o ano todo
fazendo a mesma coisa todos os dias tem um péssimo sabor
para os sentidos. Imagine-se no lugar de seu aluno, assistindo
a aulas que não trazem novidades, em que o professor
monopoliza o saber, e compreenda a motivação para muitas
das dificuldades de relacionamento que incomodam uma
sala de aula.

A partir do momento em que você tiver feito um bom planejamento
de suas atividades e estiver totalmente por dentro
de como sua aula se desenvolverá e dos tópicos primordiais
a serem abordados, ficará mais fácil encontrar filmes que
possam ser utilizados como recurso complementar e enriquecedor
das atividades.


Tenha sempre em mente que não é fácil encontrar um filme
que fale especificamente sobre o tema que você pretende
trabalhar. Você terá que “garimpar” uma película que possa
lhe ser útil. Em determinadas áreas, como Literatura ou
História, encontrar um título adequado é muito mais fácil;
enquanto Geografia e Ciências Biológicas, em geral, têm à
sua disposição um bom acervo de documentários.

Vamos explicar, a partir de um exemplo, que caminhos podem
facilitar o seu “garimpo”. Suponhamos que o tema a
ser discutido e trabalhado em um projeto que reúna professores
de História, Literatura, Geografia, Filosofia e Redação
seja a questão dos direitos, da cidadania. Cada uma das áreas
vai dar ênfase em um determinado aspecto dessa questão,
e a proposta da escola é a de que se utilizem recursos
variados que devem ser monitorados por todos os professores,
conjuntamente.

Reportagens sobre a fome, artigos que destaquem a luta pelos
direitos trabalhistas, sites em que a situação das crianças
de rua ou dos idosos seja apresentada, dados e estatísticas
apresentados no site do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) ou do Instituto de Pesquisas Econômicas
Aplicadas (Ipea) são algumas das sugestões, e, entre as várias
ideias, surge a de se utilizarem filmes.


Os professores podem não conhecer um filme específico
em que palavras ou expressões como cidadania ou Direitos
Humanos estejam evidenciadas no título, porém podem conhecer
livros que falem sobre o assunto e verificar se eles,
por acaso, não se tornaram filmes. Um bom exemplo seria
o clássico título do autor francês Émile Zola, Germinal, que
foi filmado pelo diretor Claude Berri e contou com Gérard
Depardieu no elenco. O filme explora a questão da luta pelos
direitos trabalhistas a partir da ação de carvoeiros franceses
no século XIX. Podem também contextualizar os acontecimentos
e verificar quando ocorreram movimentos que
geraram transformações relacionadas ao tema. A Revolução
Francesa é um dos grandes marcos no que se refere à implementação
dos Direitos Humanos — isso poderia acarretar
uma pesquisa por títulos que tenham centrado suas atenções
nos acontecimentos que ocorreram na França entre
1789 e 1799; um levantamento desses poderia trazer à tona
filmes como Danton – O Processo da Revolução, do polonês Andrzej
Wajda, ou ainda o recente Contos Proibidos do Marquês
de Sade, do canadense Philip Kaufman. Temas correlatos à
questão central, cidadania, podem mobilizar os professores
rumo a locadoras onde descubram títulos que trabalhem esses
assuntos. Vá a uma locadora e pergunte, por exemplo,
se existe algum título que fale sobre pobreza, lixões e favelas,
e é possível que alguém lhe indique o filme Curta com os
Gaúchos, em que você poderá encontrar o valioso e premiado
curta-metragem brasileiro Ilha das Flores, de Jorge Furtado.
Algumas ressalvas são importantes, por exemplo: você deve
procurar locadoras que tenham um bom acervo e que possuam
funcionários capacitados para que eles possam lhe indicar
os filmes com conhecimento de causa.

A busca por um bom título que tenha relação com a aula
que você pretende dar tem, como dissemos, uma relação de
proximidade muito grande com o planejamento justamente
porque é a partir dessa estruturação das atividades que
você poderá fazer um levantamento das possibilidades que
existem em relação ao tema que você vai trabalhar. Tendo
visualizado os caminhos e feito os mapas que o conduzirão
nessa empreitada, tudo ficará muito mais fácil!

Fonte: http://mscamp.wordpress.com.

João Luís de Almeida Machado é editor do Portal Planeta Educação;
doutorando em Educação pela PUC-SP; mestre em Educação, Arte
e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie
(SP); professor universitário e pesquisador; e autor do livro Na Sala
de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema (Editora Intersubjetiva)

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