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terça-feira, 22 de maio de 2012

É bom saber



Beleza e identidade 
Sobre os patrimônios afro-descendentes
Por Raul Lody 
 Entre os povos do mundo em seus diferentes momentos históricos, situações sociais e estágios econômicos, constata-se que o que se entende por belo ou beleza diz respeito a motivos, temas e interpretações muito particulares. São maneiras próprias de compreender e de simbolizar o mundo próximo, a natureza, os mitos e os deuses, na descoberta de tecnologias e, assim, no encontro de soluções estéticas. Por meio de linguagens sensíveis, a beleza pode fazer o relato das trajetórias humanas, trazendo memórias e construindo dinamicamente o que se chama de identidade. Se existem inúmeros conceitos de beleza, todos são, contudo, tradutores das culturas e dos desejos criativos do homem. Falar a respeito de beleza e identidade tendo por base a África, um continente diverso, reunindo centenas de culturas e línguas faladas por milhões de pessoas que comunicam e transmitem formas especiais de ver o cotidiano, o sagrado, o meio ambiente, as etnias, o trabalho, enfim, a vida, é falar a respeito de um dos mais ricos lugares de tradição e de invenção do mundo. Florestas tropicais, amplos litorais, o deserto do Saara, entre muitos outros ecossistemas, fazem os cenários das primeiras ocupações territoriais humanas, pois o continente africano reúne os mais antigos testemunhos de tecnologias e de arte do homem sobre a terra. Por isso, afirma-se: a África é a pátria do homem. A África é lugar que abriga antigas civilizações, como a do Egito, que desde antes de 4000 a.C. testemunha conquistas nas ciências e nas artes (arquitetura, pintura, música, dança, literatura, escultura, gastronomia).


 PATRIMÔNIO AFRO-DESCENDENTE RICO E DINÂMICO 
Nos contrastes e nas peculiaridades de povos e etnias, a África é hoje um continente que experimenta guerras internas, grande seca e fome, embora seja rica em petróleo, ouro e diamante, entre outras reservas, alvos da cobiça internacional. São mais de 800 milhões de habitantes que se comunicam por cerca de 400 idiomas e dialetos. O contato de africanos com o Brasil dá-se a partir da presença do colono oficial português, profundamente africanizado pelas culturas Magreb, de povos muçulmanos do Norte do continente. Por mais de oito séculos, a Península Ibérica (Portugal e Espanha) foi dominada e também civilizada por sofisticados sistemas culturais e sociais dos afro-muçulmanos, orientando estéticas do morar (com valorização de jardins e de áreas verdes) e do vestir, além das muitas descobertas nas ciências, na navegação, na astronomia, nas tecnologias de trabalhar a pedra, a madeira, os metais, especialmente na ourivesaria, com a filigrana, entre outras formas de marcar e testemunhar o califado do Marrocos na Europa. Com a escravização de povos da África a partir do século XVI, mais de 4 milhões de pessoas, por um período de 350 anos, foram trazidas para o Brasil. Inicialmente, grandes contingentes da África Austral, especialmente do antigo reinado do Congo e de Angola, com os povos bantus; depois, da Costa Ocidental, do Golfo do Benin; e ainda aqueles que chegaram da Costa Oriental, especialmente de Moçambique. O Brasil, pode-se dizer, é um país biafricanizado. Inicialmente com a chegada do homem português, e, em seguida, com os contatos diretos com regiões do continente africano. Essa chegada ao Brasil dá-se para os trabalhos com a cana-de-açúcar, depois para extração de ouro, cultura do café, para serviços nas cidades e nos campos. Muitas culturas africanas se relacionaram e assim estabeleceram processos interafricanos de trocas, gerando esse rico e dinâmico patrimônio afro-descendente.


Fonte:CADERNO DE TEXTOS . SABERES E FAZERES - A cor da cultura
http://www.acordacultura.org.br/

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