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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Atividade de Leitura - 9º ano


Escola_________________________________________________________
Aluno: ______________________________Série:__________Turma:______
Disciplina:___________________________Professor(a):________________

Atividade de leitura

Nesta atividade você vai ler vários textos. Vamos observar a função de cada um deles e as relações que estabelecem entre si.
TEXTO 1


1.A personagem de cabelo preto é Mafalda. Ela está conversando com sua colega, a Suzanita. No primeiro quadrinho as duas emitem opiniões diferentes. Qual o argumento usado por Suzanita para defender seu ponto de vista?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. Mafalda também defende seu ponto de vista, usando um argumento?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. A fala de Mafalda no último quadrinho indica que ela concorda com Suzanita? Explique.
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Texto 2
O IMPÉRIO DO CONSUMO
Eduardo Galeano
A explosão do consumo no mundo atual faz mais barulho do que todas as guerras e mais algazarra do que todos os carnavais. Como diz um velho provérbio turco, aquele que bebe a conta, fica bêbado em dobro. A gandaia aturde e anuvia o olhar; esta grande bebedeira universal parece não ter limites no tempo nem no espaço.
Mas a cultura de consumo faz muito barulho, assim como o tambor, porque está vazia; e na hora da verdade, quando o estrondo cessa e acaba a festa, o bêbado acorda, sozinho, acompanhado pela sua sombra e pelos pratos quebrados que deve pagar. (...)O sistema fala em nome de todos, dirige a todos suas imperiosas ordens de consumo, entre todos espalha a febre compradora; mas não tem jeito: para quase todo o mundo esta aventura começa e termina na telinha da TV. A maioria, que contrai dívidas para ter coisas, termina tendo apenas dívidas para pagar suas dívidas que geram novas dívidas, e acaba consumindo fantasias que, às vezes, materializa cometendo delitos. O direito ao desperdício, privilégio de poucos, afirma ser
a liberdade de todos.
(...)
«Gente infeliz, essa que vive se comparando», lamenta uma mulher no bairro de Buceo, em Montevidéu. A dor de já não ser, que outrora cantava o tango, deu lugar à vergonha de não ter. Um homem pobre é um pobre homem. «Quando não tens nada, pensas que não vales nada», diz um rapaz no bairro Villa Fiorito, em Buenos Aires. E outro confirma, na cidade dominicana de San Francisco de Macorís: «Meus irmãos trabalham para as marcas. Vivem comprando etiquetas, e vivem suando feito loucos para pagar as prestações».
[...]
O consumidor exemplar é o homem quieto. Esta civilização, que confunde quantidade com qualidade, confunde gordura com boa alimentação. Segundo a revista científica The Lancet, na última década a «obesidade mórbida» aumentou quase 30% entre a população jovem dos países mais desenvolvidos. Entre as crianças norte-americanas, a obesidade aumentou 40% nos últimos dezesseis anos, segundo pesquisa recente do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Colorado. O país que inventou as comidas e bebidas light, os diet food e os alimentos fatfree, tem a maior quantidade de gordos do mundo. O consumidor exemplar desce do carro só para trabalhar e para assistir televisão. Sentado na frente da telinha, passa quatro horas por dia devorando comida plástica.
Qualquer um entende, em qualquer lugar, as mensagens que a televisão transmite. No último quarto de século, os
gastos em propaganda dobraram no mundo todo. Graças a isso, as crianças pobres bebem cada vez mais Coca-Cola e cada
vez menos leite e o tempo de lazer vai se tornando tempo de consumo obrigatório. Tempo livre, tempo prisioneiro: as casas
muito pobres não têm cama, mas têm televisão, e a televisão está com a palavra. Comprado em prestações, esse
animalzinho é uma prova da vocação democrática do progresso: não escuta ninguém, mas fala para todos.
Pobres e ricos conhecem, assim, as qualidades dos automóveis do último modelo, e pobres e ricos ficam sabendo das
vantajosas taxas de juros que tal ou qual banco oferece. Os especialistas sabem transformar as mercadorias em mágicos
conjuntos contra a solidão. As coisas possuem atributos humanos: acariciam, fazem companhia, compreendem, ajudam, o
perfume te beija e o carro é o amigo que nunca falha. A cultura do consumo fez da solidão o mais lucrativo dos mercados.
(...)


1. Podemos dizer que o texto 2 tem o mesmo tema do texto 1?Explique.
1.    No texto 2 podemos observar algumas opiniões sobre o tema. Marque no texto algumas delas
____________________________________________________________________________________________________________________.
2.    2. A repetição de palavras pode ser defeito num texto, dificultando a clareza. Ou pode ser um recurso significativo. Observe o trecho abaixo e analise a repetição do termo destacado. Essa repetição é defeito ou recurso? Qual o significado dessa repetição?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3.“A maioria, que contrai dívidas para ter coisas, termina tendo apenas dívidas para pagar suas dívidas que geram novasdívidas, e acaba consumindo fantasias que, às vezes, materializa cometendo delitos.”
3.    A que se refere o termo grifado no trecho: “Comprado em prestações, esse animalzinho é uma prova da vocação democrática do progresso: não escuta ninguém, mas fala para todos.” ?
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4.   4.  Observe a frase: “Um homem pobre é um pobre homem.” Como você percebeu há duas palavras repetidas, mas em ordem diferente. Essa mudança de ordem provoca uma mudança de sentido. Qual o sentido das expressões “homem pobre” e “pobre homem”?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Atividade retirada do
II CADERNO DE APOIO PEDAGÓGICO -Coordenadoria de Educação- 9º ano - Prefeitura do Rio de Janeiro
Site:http://www.rio.rj.gov.br/web/sme/

Atividade de Leitura - 9º ano



Escola_________________________________________________________
Aluno: ______________________________Série:__________Turma:______
Disciplina:___________________________Professor(a):________________

Atividade de leitura

Texto 1                                        
Admirável Chip Novo
Pitty
Pane no sistema, alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluído em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mas lá vem eles novamente
E eu sei o que vão fazer:
Reinstalar o sistema
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more, gaste e viva
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga...
Não senhor, Sim senhor (2x)

1.    O texto 1 é uma música atual, voltada para o público jovem. O que o “eu” do texto descobre sobre si mesmo?
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2.    A quem pode se referir o texto quando diz “Mas lá vem eles novamente”?
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3.    O texto usa muitos verbos.De que tipo são? Em que modo estão?
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4.    Explique como o uso das expressões “Não senhor, Sim senhor” contribui para o significado do texto.
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5.    Qual a idéia principal da música?
____________________________________________________________________________________________________________________
6.Que objetivo pode ter o texto 1?Explique.
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Atividade de Leitura



Escola_________________________________________________________
Aluno: ______________________________Série:__________Turma:______
Disciplina:___________________________Professor(a):________________

Atividade de leitura              


Casa no Campo
Zé Rodrix e Tavito
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais

Leia o texo e responda às questões abaixo:
1.    O eu da música deseja uma “casa no campo”. Como deve ser essa casa?
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2. Qual o sentido do termo grifado no trecho: “Onde eu possa plantar meus
amigos/ Meus discos e livros/ E nada mais”? Que significado tem a escolha dessa palavra para a compreensão da mensagem da letra da música?
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3. Compare os textos 1 e 2 no que se refere ao tema e indique: Quais as
semelhanças? Quais as diferenças?
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O ESTATUTO DO HOMEM.


  
O Estatuto do Homem  
(Ato Institucional Permanente)
A Carlos Heitor Cony


Artigo I 
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II 
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III 
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV 
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo único: 
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

Artigo V 
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.

Artigo VI 
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo VIII 
Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.

Artigo IX 
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.

Artigo X 
Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida,
uso do traje branco.

Artigo XI 
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.

Artigo XII 
Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela. 

Parágrafo único: 
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.

Artigo XIII 
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.

Artigo Final. 
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.

-Thiago de Mello - 

Eduardo Galeano


As flores



As flores
O escritor brasileiro Nelson Rodrigues estava condenado a solidao. Tinha
cara de sapo e lingua de serpente, e a seu prestigio de feio e sua fama de venenoso
somava-se a notoriedade de seu contagioso azar: as pessoas ao seu redor morriam
de tiro, miseria ou infelicidade fatal.
Certo dia, Nelson conheceu Eleonora. Naquele dia, dia do descobrimento,
quando pela primeira vez viu aquela mulher, uma violenta alegria atropelou-o e
deixou-o abobado. Entao, quis dizer alguma de suas frases brilhantes, mas as
pernas bambearam e a lingua se enrolou e nao conseguiu outra coisa a nao ser
gaguejar ruidinhos.
Bombardeou-a de flores. Mandava flores para o apartamento dela, no alto
de um edificio do Rio de Janeiro. A cada dia mandava um grande ramo de flores,
flores sempre diferentes, sem repetir jamais as cores ou aromas, e ficava esperando

la embaixo: la de baixo via a varanda de Eleonora, e da varanda ela atirava as flores
na rua, todos os dias, e os automoveis as esmagavam.
E foi assim durante cinquenta dias. Ate que um dia, um meio-dia, as
flores que Nelson enviou nao cairam na rua e nao foram pisadas pelos automoveis.
Naquele meio-dia, ele subiu ate o ultimo andar, apertou a campainha e a
porta se abriu.


Livro dos Abraços - Eduardo Galeano

Martha Medeiros


A queima de livros


A QUEIMA DE LIVROS

Quando o regime ordenou que fossem queimados
publicamente
Os livros que continham saber pernicioso, e em toda parte
Fizeram bois arrastarem carros de livros
Para as pilhas em fogo, um poeta perseguido
Um dos melhores, estudando a lista dos livros queimados
Descobriu, horrorizado, que os seus
Haviam sido esquecidos. A cólera o fez correr
Célere até sua mesa, e escrever uma carta aos donos do poder.
Queimem-me! Escreveu com pena veloz. Queimem-me!
Não me façam uma coisa dessas! Não me deixem de lado! Eu não
Relatei sempre a verdade em meus livros? E agora tratam-me
Como um mentiroso! Eu lhes ordeno:
Queimem-me!

(Brecht; poemas - 1913-1956. Trad. Paulo Cesar Souza. Brasiliense, 1986. p. 194.)

Eduardo Galeano



O ar e o vento
Pelos caminhos vou, como o burrinho de São Fernando, um pouquinho a
pé e outro pouquinho andando. Às vezes me reconheço nos demais. Me reconheço
nos que ficarão, nos amigos abrigos, loucos lindos de justiça e bichos voadores da
beleza e demais vadios e mal cuidados que andam por aí e que por aí continuarão,
como continuarão as estrelas da noite e as ondas do mar. Então, quando me
reconheço neles, eu sou ar aprendendo a saber-me continuado no vento.
Acho que foi Vallejo, César Vallejo, que disse que às vezes o vento muda
de ar.
Quando eu já não estiver, o vento estará, continuará estando
.
Livro dos Abraços
Eduardo Galeano

" Um dia você aprende que..."

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança; aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo, e aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais, e descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida; aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que eles mudam; percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve compará-los com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde se está indo, mas se você não sabe para onde está indo qualquer lugar serve. Aprende que ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se; aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou; aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha; aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens; poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando se está com raiva se tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
Descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.

Veronica Shoffstall

A poesia está no ar...


OSCAR WILDE

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril.

terça-feira, 29 de maio de 2012

A poesia está no ar...


"Meu filho coloca à minha frente sua caixa de tintas
E pede que eu lhe desenhe um pássaro...
Embebo o pincel na cor cinza
E desenho-lhe um quadrado com um cadeado... e barras
Meu filho me diz, e o espanto preenche seus olhos:
'Mas isso é uma prisão...
Meu pai, não sabes desenhar um pássaro?'
Digo-lhe: 'Meu filho... não me leves a mal
De fato esqueci a forma dos pássaros'
Meu filho coloca à minha frente sua caixa de lápis
E pede que eu lhe desenhe um mar...
Apanho um lápis
E lhe desenho um círculo negro...
Meu filho me diz:
'Mas isso é um círculo negro, meu pai...
Não sabes desenhar um mar?
Não sabes que o mar é azul?'
Digo-lhe: 'Meu filho,
Em meu tempo era perito em desenhar mares
Quanto a hoje... Levaram meu anzol
E o barco pesqueiro
Proibiram-me o diálogo com a cor azul
E de fisgar o peixe da liberdade'
Meu filho coloca à minha frente um caderno
E pede que eu lhe desenhe uma plantação de trigo
Apanho a caneta
E desenho-lhe um revólver
Meu filho debocha de minha ignorância nas artes plásticas
E diz surpreso:
'Não conheces a diferença entre o trigo e o revólver?'
Digo-lhe: 'Meu filho,
No passado conhecia a forma do trigo
Do pão e da rosa
Mas neste tempo metálico
Em que as árvores da floresta se uniram
Aos homens das milícias
E em que a rosa passou a vestir roupas camufladas
No tempo das espigas armadas
Dos pássaros armados
Da cultura armada
E da religião armada...
Não há pão que eu compre
Que não contenha um revólver
Não há flor que eu colha no campo
Que não aponte um revólver para minha face
Não há livro que eu compre
Que não venha a explodir entre meus dedos...'
Meu filho senta-se na borda da cama
E pede que eu lhe recite um poema
Uma lágrima minha cai no travesseiro
Ele a apanha perplexo e diz:
'Mas isso é uma lágrima, meu pai, não um poema'
Digo-lhe:
'Quando cresceres, meu filho,
E leres uma antologia de poesia árabe
Saberás que a palavra e a lágrima são irmãs
E que a poesia árabe
Nada mais é do que uma lágrima que emerge dentre os dedos'
Meu filho coloca à minha frente suas canetas e sua caixa de tintas/ E pede que eu lhe desenhe uma pátria
O pincel estremece em minha mão...
E caio chorando..."
NIZAR QABBANI

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Vidas Secas



Vidas Secas, de Graciliano Ramos.
O livro é considerado o melhor exemplo na “segunda fase modernista” da literatura brasileira, considerada “regionalista” por tratar de maneira realista e crítica determinada terra e gente, tentando entender seus costumes e situação atual.Romance publicado em 1938, retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos que viajam para fugir da seca. A família é composta por Fabiano, sua esposa Vitória e seus filhos (cujos nomes não aparecem e são chamados de “Menino mais Velho” e “Menino mais Novo”). Também tem a cachorra Baleia, considerada parte da família.
Capa da primeira edição de Vidas Secas

Vidas Secas

O drama da família de retirantes, obrigada a se mudar constantemente por causa da seca, é narrado num estilo com economia de adjetivos, que transmite a aridez do ambiente e suas conseqüências para os sertanejos
Vidas Secas, romance publicado em 1938, retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. A obra pertence à segunda fase modernista, conhecida como regionalista, e é qualificada como uma das mais bem-sucedidas criações da época.

O estilo seco de Graciliano Ramos, que se expressa principalmente por meio do uso econômico dos adjetivos, parece transmitir a aridez do ambiente e seus efeitos sobre as pessoas que ali estão. 

A ESTÉTICA DA SECA O livro consegue desde o título mostrar a desumanização que a seca promove nos personagens, cuja expressão verbal é tão estéril quanto o solo castigado da região. A miséria causada pela seca, como elemento natural, soma-se à miséria imposta pela influência social, representada pela exploração dos ricos proprietários da região.

Os retirantes, como o próprio nome indica, estão alijados da possibilidade de continuar a viver no espaço que ocupavam. São, portanto, obrigados a retirar-se para outros lugares. Uma das implicações dessa vida nômade dos sertanejos é a fragmentação temporal e espacial.

Graciliano Ramos conseguiu captar essa fragmentação na estrutura de Vidas Secas ao utilizar um método de composição que rompia com a linearidade temporal, costumeira nos romances do século XIX.

A proposital falta de linearidade, ou seja, de capítulos que se ligam, temporalmente, por relações de causa e de consequência, dá aos 13 capítulos de Vidas Secas uma autonomia que permite, até mesmo, a leitura de cada um de forma independente. 

ENREDO O enredo, marcado por essa falta de linearidade temporal, tem dois capítulos bem definidos: o primeiro (“Mudança”) e o último (“Fuga”). “Mudança” narra as agruras da família sertaneja na caminhada impiedosa pela aridez da caatinga, enquanto em “Fuga” os retirantes partem da fazenda para uma nova busca por condições mais favoráveis de vida. O romance estrutura-se por meio da sequência retirada/permanência em terras alheias/retirada.

Nos 11 capítulos intermediários, a família de retirantes não se estabelece em um local próprio, mas na propriedade de um fazendeiro, onde Fabiano, o chefe dessa família, assume a condição de meeiro, lavrador que planta em sociedade com o dono do terreno, tendo direito à metade da colheita.

Merece destaque, no romance, o capítulo “Baleia”. Foi o primeiro escrito por Graciliano Ramos e o que mais tem autonomia em relação aos demais. Se em todos os outros capítulos há certa independência, e eles podem ser lidos fora da sequência proposta pelo autor, nesse caso a leitura pode até ser feita isoladamente. Essa possibilidade se deve a sua estrutura, que se assemelha mais à de um conto. 

NARRADOR 
A escolha do foco narrativo em terceira pessoa é emblemática, uma vez que esse é o único livro em que Graciliano Ramos utilizou tal recurso. Trata-se, na verdade, de uma necessidade da narrativa, para que fosse mantida a verossimilhança da obra. Por causa da paupérrima articulação verbal dos personagens, reflexo das adversidades naturais e sociais que os afligem, nenhum parece capacitado a assumir o posto de narrador.

O autor utilizou também o discurso indireto livre, forma híbrida em que as falas dos personagens se mesclam ao discurso do narrador em terceira pessoa. Essa foi a solução para que a voz dos marginalizados pudesse participar da narração sem que tivessem de arcar com a responsabilidade de conduzir de forma integral a narrativa. 

ESPAÇO 
A narrativa é ambientada no sertão, região marcada pelas chuvas escassas e irregulares. Essa falta de chuva – somada a uma política de descaso do governo com os investimentos sociais – transforma a paisagem em ambiente inóspito e hostil.

Inverno, na região, é o nome dado à época de chuvas, em que a esperança sertaneja floresce. O sonho de uma existência menos árida e miserável esboça-se no horizonte e dura até as chuvas cessarem e a seca retornar implacável. No romance, essa esperança aparece no capítulo “Inverno”, em que Fabiano alimenta a expectativa de uma vida melhor, mais digna.

O retorno à visão marcada pela falta de perspectivas recomeça com o fim das chuvas, com o fim da esperança. Na obra, pode-se apontar, também, para dois recortes espaciais: o ambiente rural e o urbano. A relevância desse recorte se deve às sensações de adequação ou inadequação dos personagens em um ou outro espaço.

Fabiano consegue, apesar da miséria presente, dominar o ambiente rural. Incapaz de se comunicar, o personagem, desempenhando a solitária função de vaqueiro, não sente tanto as conseqüências de seu laconismo. Além disso, conhece as técnicas de sua profissão, o que lhe dá uma sensação de utilidade e permite que goze até de certa dignidade. A passagem em que seu filho o admira ao vê-lo trabalhando deixa claro isso. Na cidade, porém, Fabiano vivencia, a cada nova experiência, o sentimento de inadequação. Os capítulos “Festa” e “Cadeia” ilustram bem essa sensação. 

TEMPO 
Além da falta de linearidade do tempo, em Vidas Secas há nítida valorização do tempo psicológico, em detrimento do cronológico. Essa opção do narrador de ocultar os marcadores temporais tem como principal conseqüência o distanciamento dos personagens da ordenação civilizada do tempo.

Dessa forma, nota-se que a ausência de uma marcação cronológica temporal serve, enquanto elemento estrutural, como mais uma forma de evidenciar a exclusão dos personagens. 
Por outro lado, a valorização do tempo psicológico na narrativa faz com que as angústias dos personagens fiquem mais próximas do leitor, que as percebe com muito mais intensidade. 

CONCLUSÃO Vidas Secas é um dos maiores expoentes da segunda fase modernista, a do regionalismo. O diferencial desse livro para os demais da época é o apuro técnico do autor. Graciliano Ramos, ao explorar a temática regionalista, utiliza vários expedientes formais – discurso indireto livre, narrativa não-linear, nomes dos personagens – que confirmam literariamente a denúncia das mazelas sociais. 


Depois dessa leitura, com certeza você vai entender melhor o romance Vidas Secas. Caso não tenha lido, você vai encontrar na biblioteca da escola . Vale também assistir um trecho do filme .
Filme
O filme Vidas Secas, do cineasta Nelson Pereira dos Santos, estreou no Rio de Janeiro há exatos 48 anos atrás, em 1963. Tão “seco” e objetivo quanto o livro, o filme narra com poucas falas e em preto & branco a vida de Fabiano e sua família.
Sucesso no Brasil e no exterior, o filme ganhou o prêmio do Festival de Cannes (França) de 1964, foi indicado à Palma de Ouro e foi considerado pelo British Film Institute uma das 360 obras cinematográficas fundamentais da história para se ter em uma cinemateca.

Preparando para o Enem


Estude com vídeos-aula e módulos de exercícios online

Amanda Previdelli | 30/03/2012
Salman Khan é um educador norte-americano que conseguiu mais de 130 milhões de acessos nos seus vídeos no Youtube sem ter de recorrer a gatos, memes ou covers de músicas famosas. Khan criou vídeos educativos que dão aulas gratuitas de matemática, física, química e biologia (entre outras matérias).
Os vídeos de Khan, porém, são todos em inglês, mas o sucesso é tanto que o site KhanAcademy traduziu a alguns deles e disponibilizou tudo no seu canal no Youtube e no endereço www.fundacaolemann.org.br/khanportugues. São vídeos curtos (a maioria tem mais ou menos dez minutos) e didáticos. O melhor é que dá para assistir no ritmo que você achar mais conveniente, sem se preocupar em correr para acompanhar algum conteúdo mais difícil.
Confira aqui os vídeos em português no site que oferece também um módulo de exercícios e um painel que permite ao usuário acompanhar seu desempenho:http://www.fundacaolemann.org.br/khanportugues
Aluno Ecassa merece essas dicas. Bom estudo!

Inscrições para o Enem


Inscrições para o Enem já estão abertas

Prazo termina no dia 15 de junho

da redação | 28/05/2012 12h 50
As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começaram nesta segunda-feira (28) e podem ser feitas pela internet. O prazo vai até as 23h59 de 15 de junho e a taxa de inscrição é de R$ 35, que pode ser paga até o dia 20 de junho.

Passo a passo
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) preparou um passo a passo para ajudar os estudantes na inscrição. Ele pode ser acessado neste site.
Agenda do Enem
InscriçõesDe 28 de maio (a partir das 10h), a 15 de junho (até as 23h59)
Pagamento da taxaAté 20 de junho
Provas3 de novembro (das 13h às 17h30) - Ciências Humanas e Ciências da Natureza

4 de novembro (das 13h às 18h30) - Linguagens, códigos e suas tecnologias, Redação e Matemática
Gabarito7 de novembro
Resultado Final28 de dezembro

Isenção de taxa

Os estudantes que não puderem pagar a taxa poderão solicitar a isenção durante a inscrição. São isentos da taxa de inscrição alunos de escolas públicas que estejam concluindo o ensino médio em 2012. Para isso, sua escola deve estar cadastrada no censo escolar da educação básica e ele deve informá-la no ato da inscrição. Também poderão solicitar os candidatos que declararem carência socioeconômica (ser membro de família de baixa renda ou estar em situação de vulnerabilidade, de acordo com o edital). Confira mais informações no edital do Enem 2012

Exame
As provas serão realizadas em 3 e 4 de novembro, em todas as Unidades da Federação. No primeiro dia, o exame terá duranção de 4h30, com início às 13h e termino às 17h30. No segundo dia, serão 5h30 de provas, com início às 13h e término às 18h30. O Enem será constituído de uma redação e quatro provas objetivas, com 45 questões de múltipla escolha cada. O exame avaliará as seguintes áreas de conhecimento do Ensino Médio:
Área do ConhecimentoComponentes Curriculares
Ciências Humanas e suas TecnologiasHistória, Geografia, Filosofia e Sociologia
Ciências da Natureza e suas TecnologiasQuímica, Física e Biologia
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e RedaçãoLíngua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Artes, Educação Física e suas Tecnologias da Informação e Comunicação.
Matemática e suas TecnologiasMatemática
Mudanças
O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta quinta-feira (24) que a partir deste ano, pela primeira vez, todos os que fizerem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão ter acesso à sua redação corrigida. A mudança, segundo o ministro Aloizio Mercadante, está prevista em um acordo firmado com o Ministério Público Federal no ano passado.
O MEC também confirmou as mudanças que já vinham sendo esperadas na correção das próximas provas. As redações receberão notas para cinco itens de competência: domínio da língua portuguesa, compreensão do tema proposto, capacidade de selecionar e organizar ideias, demonstração de conhecimento sobre o tema e apresentação de solução para a proposta dissertativa. Cada um dos corretores deverá atribuir nota de zero a 200 pontos para cada uma dessas competências.
O procedimento realizado quando houver discrepância entre as notas dadas pelos corretores também mudou. Até o ano passado, um texto era corrigido por dois especialistas e só passaria para um terceiro se houvesse diferença de nota superior a 300 pontos.
Agora, a discrepância máxima entre as notas caiu para 200 pontos na nota total ou 80 pontos em cada uma das competências. Acima disso, a redação passará para um terceiro corretor e a nota final será a média aritmética simples das notas mais próximas. 

Caso as diferenças entre as notas permaneçam, a prova será submetida a uma banca examinadora composta de três avaliadores, que darão a nota final.

O ministério anunciou que vai lançar um "Guia do Participante" em julho com exemplos de boas redações e esclarecimentos sobre os critérios da correção.
Alunos das turmas do 3º ano:
Vale a pena conferir esse site. Fiquem atentos aos simulados e ao material para estudo.